terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Expedição a Santiago de Compostela

Bom dia BTT Almonda.

Em conversa com Luís Brites decidi dar o meu contributo para a primeira de muitas saídas para fora que irão fazer. Dai depreendo as dúvidas que irão ter em aspectos logísticos. Da minha experiência em travessias de vários dias e depois de muitos anos a ouvir e experimentar recursos verifiquei que o melhor método para levar equipamento é numa mochila tipo Camelbak. Os atrelados e os alforges ficaram de lado por vários motivos: muito pesados, a bicicleta deixa de o ser, tudo batia a condução não existia, o conjunto atrelado ou alforges mais carga era tanta que só desejava o alcatrão lisinho. Até que comecei a pesquisar e encontrei sacos de cama com 25 gramas que cabem na mão, toalhas de 60 gramas com uma capacidade de secagem fantástica e com o volume de uma garrafa de água das pequenas, roupas super leves, métodos de as armazenar para não ficarem amachucadas, sapatinhas de 180 gramas entre muitos outros materiais. No fim de ter todo o kit só me faltava a tão importante mochila com compartimento individual de água para em caso de queda não molhar todo o equipamento. Depois de muitas horas de pesquisa encontrei a ideal 245 gramas impermeável fechos estanques compartimentos laterais rede exterior para carga e um conforto estupendo, toda ela é ajustável em todo o lado, só faltava verificar se tudo para 7 dias cabia lá dentro. Depois de alguns minutos na loja com tanta coisa no chão verifiquei que a escolha tinha sido perfeita tudo encaixava material para 7 dias tudo dentro da mochila.

Peso final do conjunto com 1 litro e meio de agua 6,300 Kg. O meu método de travessia passou a ser o seguinte, a cada dia que passa vou deitando coisas fora tais como meias, t-shirt, calções suplentes, etc, chegando a casa apenas com 4,800 kg e agua, em relação á agua aprendi uma grande lição na altura. Existem troços sem agua nunca bebam do bidon e do camel, esgotem sempre primeiro a do camel ai sabem sempre que tem o bidon, mas há troços muito longos com pontos de agua não potável, levem pastinhas de purificação de agua dá muito jeito, a logística a nível de navegação é muito importante o gps deve ir carregado com tudo, pontos de agua, povoações restaurantes, pontos de interesse turístico etc.


Vou tentar fotografar alguns dos equipamentos para expor aqui no blog.

Nunca esquecer que uma travessia em autonomia é uma experiência muito nobre, e acima de tudo não nos podemos esquecer daquele colega que naquele dia está pior fisicamente e tem tendência a ficar para trás, porque no dia seguinte podemos ser nós.

Qualquer ajuda apitem.

Abraço
Rui Maia

Equipamentos

Bom dia! É com entusiasmo e orgulho que vejo cada vez mais o BTT a evoluir e isso deve-se a todos nós.

Ao longo de todos estes anos tenho experimentado muitos equipamentos e a escolha do perfeito verifiquei que não existe. Dai decidir deixar aqui o que possa ser um pequeno contributo para o vosso equipamento. Acima de tudo um bom tecido faz a diferença, recomendo uma camisola de Verão visto que de Inverno andamos quase sempre com um casaco por cima. Na escolha desta existem muitos factores a ter em conta, dos quais os mais importantes são: tecido 100% respirável, leve, maleável, corte ergonómico, respiradores, e fechos
A escolha de um bom tecido passa acima de tudo pela respirabilidade deste, evitando assim a acumulação de suores, este também deve ser respirável nos dois sentidos corpo/ exterior, exterior/corpo criando assim uma maior ventilação provocada pelo deslocamento do ar.
A leveza do material é importante mas não muito relevante visto que neste momento a diferença de uma camisola leve para uma pesada ronda as 100 gramas.
O corte de uma camisola faz toda a diferença, esta deve ser QB justa ao corpo, este factor vai fazer com que ao levarmos materiais nos bolsos traseiros estes não saltem fora nem andem as saltos com a camisola.
Os respiradores são acima de tudo uma mais valia visto que permitem evacuar mais facilmente aquele calor desnecessário que nos faz perder sais, estes devem estar colocados em zonas estratégicas, tais como debaixo dos braços, golas e na parte interna nos bolsos traseiros visto que ao colocarmos cameras de ar e outros materiais que expostos ao sol vão fazer com que o calor se acumule fazendo uma espécie de camada térmica.
Os fechos devem ser resistente e de abertura no mínimo ate meia camisola. O puxador deve ser de bom tamanho para facilitar a abertura e fecho em andamento.

Depois de serem considerados estes factores deve-se pensar na cor, visto que estamos num pais fácil a nível de temperaturas todas as cores são aconselháveis excepto o preto, atenção aos logótipos e tudo o que vai ser impresso, estampas e impressões ao sol vão criar calor e tornar aquela zona irrespirável o ideal é ter uma camisola feita de raiz.

Temos de ter em conta que cada caso é um caso e o que pode ser bom para um, pode não ser para outro.
Fica aqui esta resumida ajuda se necessitarem de algo terei todo o prazer em ajudar.

Abraços aos membros do BTTAlmonda
Rui Maia

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Um Bom Ano 2010

Após várias provocações, lamentações, pedidos, reclamações, a pedido de várias familias, e com um atraso de 8 meses, finalmente a maquete dos equipamentos do BTT Almonda estão finalizadas.

Apesar de em tempos se ter escolhido uma cor de fundo para o equipamento, após trabalhar em várias hipóteses, escolhi apenas 2 cores de fundo que passo a apresentar.

Opção 1: Equipamento com cor principal a Azul



Opção 2: Equipamento com as cores da cidade



Agradecia a vossa votação no inquérito colocado no lado direito do Blog até ao próximo fim de semana, para se encomendarem os equipamentos já na próxima semana.

Um Abraço,

Ass: Cão Repórter

domingo, 10 de janeiro de 2010

A VOLTA DOS DUROS

Há já algum tempo que não fazia reportagem, mas hoje, por uma questão de justiça não posso ficar calado.

A convocatória foi feita para as 09H no sítio do costume cuja folha de comparências foi a seguinte:

PRESENTES:

Cão Guia
Cão Joli
Cão Pastor
Cão Mecânico
Cão Pock

SEMI-PRESENTES:

Cão Dutor(Veio mostrar a sua bicla nova e foi para Almeirim ver o jogo de futebol do Cristiano Ronaldo 2, ou seja o seu filho)

Cão Kedas(Veio ter com o grupo para dizer que tinha de ir trabalhar)

AUSENTES:

Cão Repórter (Está a tratar dos equipamentos!)

Cão Picas (Deve ter ficado a ajudar o Cão Repórter)

Cão Narsa (Deve ter ficado a arranjar os relógios que vendeu no Natal, ou ainda não recuperou da rabeta que levou do Vanetes, ou a Celinha não o deixou vir).

Cão Magrinho(Deve ter ido vender um limpa neves).

NEM PRESENTE, NEM SEMI PRESENTE, NEM AUSENTE:

Cão Doping(Explico mais tarde).

Desde já começo por referir que pese embora não vá há alguns anos á maratona de Portalegre, tenho um especial carinho por este evento, pois leva o Falcão(Cão Pock) a aparecer no inicio de todos os anos junto do grupo para começar a treinar. (E se ele precisa!).

Depois do café da praxe e após constatarmos que só estavam presentes os duros do grupo, quando estávamos para arrancar recebemos uma chamada do Cão Doping a perguntar se íamos andar (pergunta estúpida!) e que estava a nevar nas Moitas!

O Cão Joli lá o convenceu a vir ter connosco tendo-se juntado á matilha junto do Pedrógão!

Escusado será dizer que quando nos dizem uma informação fora do comum, neste caso que estava a nevar nas Moitas, queremos logo ir ver se era verdade!

Pelo caminho pensei que se nas Moitas estava a nevar, no cabeço de Santa Marta, estaria com certeza a nevar muito mais!

Quando chegamos as Moitas, sabe deus como para alguns, não estava a nevar, mas estava uma chuva de gelo que era muito pior!

Face a esta situação, nada melhor do que ir ao cabeço de Santa Marta para constatar se lá estava a nevar ou não!

Escusado será dizer que a subida foi penosa para alguns(não vou referir nomes por uma questão de respeito), mas a descida, por incrível que pareça foi muito pior!

No cimo do cabeço estava uma temperatura muito “agradável”, uma vista grandiosa, com uma chuva muito engraçada, que quando caía no equipamento era gelo, mas que rapidamente se transformava em água “fresquinha”!

Quando começamos a descer a chuva de gelo a bater na cara era o equivalente a agulhas que se espetavam no rosto!

No fim da descida deu-se o caso do dia, ou seja o Cão Doping, chegou á conclusão que afinal e pese embora de vez em quando faça um brilharete á custa do famoso produto que o Cancela lhe fornece, já não tem pedalada para acompanhar o grupo BTT Almonda quando as coisas começam a endurecer de verdade!

Perante isto não lhe restou outra alternativa se não meter o rabinho entre as pernas e rumar até casa, que graças a deus ficava a 500 metros!

No seguimento do raciocínio inicial, se no cabeço de Santa Marta não estava a nevar, porque não ir até á Serra de Santo António a ver se lá nevava?

Com o grupo reduzido a 5 bravos toca de ir até á serra onde fomos brindados com mais uma chuva de gelo que até fazia “enrijar” os cabelos do peito!

O sofrimento começou a ser muito, face às baixas temperaturas registadas e ao estado de hipotermia em que alguns dos “bravos” começaram a entrar, com realce para o Cão Pock que de vez em quando tinha de parar para “Aquecer”!

Leram bem, “parar para aquecer”, pois por incrível que pareça os dedos das mãos e os pés recuperavam mais depressa parados do que em andamento!

Foi com muito sofrimento e espírito de entre ajuda que chegamos ao final da volta completamente gelados, mas ao mesmo tempo contentes por termos escrito mais um capítulo brilhante da história do BTT Almonda, tendo em conta que esta volta vai ficar na história!

Só tenho pena que alguns “mijões” do grupo não tenham aparecido, mas é nas dificuldades é que se vêm os duros do pelotão!

Com uma volta deste calibre todos tiraram conclusões para o futuro:

Cão Pock

Chegou á conclusão de que quando é para treinar a sério só o consegue fazer junto do BTT Almonda e que tão depressa não se mete noutra igual!

Cão Pastor

Chegou á conclusão de que as luvas que comprou afinal não são térmicas e que não conseguem manter as mãos quentinhas!

Cão Doping

Chegou á conclusão de que já não tem pedalada para isto e que teria feito melhor figura se tivesse ficado em casa!

Cão Mecânico

Chegou á conclusão de que perdeu uma boa oportunidade para ficar em casa no quentinho e que o zarolho é capaz de ter razão em relação ao Cão Doping!
Cão Joli

Chegou á conclusão de que afinal o Cão Doping não é grande coisa, que o impermeável, pese embora por vezes repasse é o melhor amigo do betetista e que nem sempre andar de bicicleta é sinónimo de prazer!

Cão Guia

Cheguei á conclusão de que há betetistas malucos, mas há outros que abusam, e que dificilmente haverá condições climatéricas mais adversas para andar de bicicleta do que as que se registaram nesta data!

P.S.
Não há fotos do passeio porque as máquinas congelaram!