quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

Passeio Natal Cão Guia 2018





No passado sábado, dia 22 de Dezembro de 2018, teve lugar o tradicional Passeio de Natal do Cão Guia.
Este passeio de BTT é já um ex-libris da época natalicia, contando com 12 edições, tendo a primeira sido realizada no Natal de 2007 (Ver reportagem aqui).
O dia estava convidativo à prática do BTT, com a temperatura a rondar os 10 graus e com um sol esplenderoso, mesmo a pedir pedalada.

Este ano estiveram presentes 11 cãopanheiros de pedalada:

  • João Gonçalves - Cão Guia
  • Paulo Moreira - Cão Kedas
  • António Prata - Cão Mecânico
  • Ricardo Carmo - Cão Pizza
  • Luis Mendes - Cão Biológico
  • Luis Brites - Cão Alfacinha
  • Luis Roque - Cão Etiope
  • Tiago Lopes - Sobrinho do Ricardo
  • Rui Tavares - Ruizana
  • Pedro Santos - Mãe Natal
  • Cunhado do Moreira


Por muitas edições que se realizem, existem coisas que nunca mudam no Passeio de Natal do Cão Guia… a saber:

  • Passeio de Natal que se preze, tem sempre novos Single-Tracks…
  • Passeio de Natal que se preze… tem sempre abastecimento com sopa de carne…
  • Passeio de Natal que se preze… nunca segue o plano original. O Guia faz sempre uma alteração de última hora. Este ano, mais de metade do percurso foi de improviso…
  • Em Passeio de Natal que se preze… há sempre alguém que se perde e chega pelos seus próprios meios ao final do percurso... Este ano foi o Ricardo Carmo e o Tiago Lopes… Eu só me safei porque sou o Brites... :-)
  • Em Passeio de Natal que se preze… há sempre alguém que tem de chamar o táxi… este ano foi o cunhado do Moreirão…
  • Passeio de Natal que se preze… tem de acabar de noite fechada… Este ano chegamos por volta das 18h30, só com a Lua e a luz do Tó Pratas a indicar o caminho… O Tó Pratas é um autêntico farol do grupo…
  • Passeio de Natal que se preze… termina sempre com um jantar num Restaurante surpresa…
Não sei como é possivel, mas o Guia consegue surpreender sempre com novos caminhos, que encerram algum tipo de novidade: seja um Single-Track técnico, uma descida rápida ou uma paisagem de cortar a respiração. O facto é que acabamos sempre o dia com a sensação que valeu a pena acordar cedo, sofrer as agruras do terreno, enfrentar o frio da época, para desfrutar, quer do passeio, quer da companhia dos amigos de pedalada.
À imagem do ano passado, também este ano o Passeio teve inicio na Serra de Santo António. Apesar de ser um local com uma cota elevada, a verdade é que o Cão Guia consegue encontrar sempre forma de começar o passeio com uma subida para aquecer a perninha… Como se não bastasse, este ano começou a subir e acabou a subir…SUBIR é a marca registada do Cão Guia (R) todos os direitos reservados).
Demos inicio ao Passeio por volta das 9h00m e começamos logo com uma subida de 2km. Como é possivel estarmos a uma cota tão elevada e mesmo assim, termos de subir tanto. Chegados ao cume da Serra dos Candeeiros, tivemos direito a uma das primeiras paisagens do dia e logo sobre o Polge de Minde. Um aperitivo para as paisagens que iriamos visitar ao longo do dia....

Daqui descemos por um novo Single Track com final próximo de Mira de Aire. Este Single-Track teve de ser realizado muito lentamente. Drops e pedra molhada é uma mistura explosiva e ninguém estava com vontade de verificar se as pedras eram fofinhas…


O Rocalhão estrevava nova montada e com os pneus demasiado cheios, estreou-se com duas quedas ao longo do passeio. 
Daqui seguimos por trilhos e caminhos até atingirmos um dos pontos mais elevados do PNSAC numa das Torres de comunicações que serve a vila de Porto de Mós. É fácil perceber quando estamos num dos pontos mais altos das redondezas, quando chegamos a um marco geodésico. Foi o pretexto ideal para uma Selfie do grupo.
Este promontório localizado sobre a vila de Porto de Mós, permitia alcançar uma vista de uma beleza extraordinária, desde a Batalha, Nazaré, Serro Ventoso, Linha de Comboio da Bezerra, Fórnea e Vale de Alcaria até à Serra de Santo António, ou seja, grande parte do PNSAC.
Daqui foi sempre a descer e rapidamente chegamos ao Castelo de Porto de Mós para um visita turistica. Quem acusou o acumulado das subidas foi o cunhado do Moreirão, que apesar de ser atleta, não contava com o esforço e utilização de músculos que nem sabia existirem no seu corpo. Pelos vistos ficou a conhecer o significado da palavra “Jipose” e teve de chamar o táxi para o levar a casa. Nem tive oportunidade de me despedir. Espero que não se tenha assustado e que para o ano regresse.
Tal como tem sido tradição nos últimos anos (desde que a Dona Susana se mudou para parte incerta), a paragem técnica para almoço, foi realizada no café do Jardim de Porto de Mós… Este ano o menu incluia Sopa de Carne, Sopa de Peixe, Tostas e Kebabs. Tudo muito bem, não tivessemos nós a meio do percurso… E pior… Estavamos num buraco… A partir dali teria de ser sempre a subir…
Este ano a paragem voltou a fazer vitimas… não sei se terá sido o efeito da maionese da tosta de frango, mas o Tó Pratas fez a subida toda até ao alto do serro Ventoso a esguichar frango por todos os poros do corpo… JJJ
Estando à cota mais baixa do passeio, só nos restava uma hipótese, subir, subir, ou subir... E assim foi, da cota mais baixa do passeio, em poucos kms subimos à cota mais elevada, no alto do Serro Ventoso. Sem dúvida que esta foi a prova mais dura de todo o Passeio. Uma subida dificil, seguida de uma descida em Single-Track técnico de extrema dificuldade.
Além da dificuldade técnica do Single-Track, após a descida foram vários os furos a atingir as bicicletas da matilha, o que motivou vários atrasos no regresso à Serra de Santo António e uma vez mais a obrigar o Guia a ter de improvisar o percurso para terminarmos o passeio.
O Passeio não iria terminar sem várias as paragens para reagrupar e esperar pelos elementos “perdidos”. A certa altura o Ricardo Carmo e o Tiago ficaram para trás vários kms sem que ninguém tenha percebido. Tarde demais. Era impossivel voltar atrás em tempo útil, resolver o problema do furo e chegar à Serra de Santo António com luz do dia. Ainda por cima, estavam incontactáveis.
Já com o sol a esconder-se entre as arvores, lá fomos percorrendo os kms finais entre os muros de pedra da serra. A dada altura o caminho entrava num Single-Track com vegetação muito densa, dificultando ainda mais a visão. Foi um dos momentos altos do Passeio, com a adrenalina a bater no Red-Line.

Os 5km finais foram percorridos com a Lua a iluminar o caminho, cumprindo assim a tradição de acabar o Passeio de Natal do Cão Guia já de noite.

Passeio de Natal do Guia não termina sem um belo jantar com comida da boa. Este ano o Restaurante escolhido foi o Retiro dos Pacatos em Malhou. Que excelente escolha uma vez mais. O Guia tem olho para escolha de restaurantes.

Deixo abaixo as fotos do evento...
Segundo Single-Track do dia...











Subida para a Antena de Comunicações...




Marco Geodésico...



  

Minde lá ao fundo...


Descida para Porto de Mós







Castelo de Porto de Mós...








Segundos antes da Jipose atacar...



Jipose a atacar violentamente...




Castelo de Porto de Mós...



Reforço alimentar no Café do Jardim em Porto de Mós...



A sopinha de carne...


As meninas a descansarem...



A subida para o Serro Ventoso...







Oh Pratas... olha a maionese a espirrar por todos os poros...





O Guia também lá estava...










Ai aquela tosta de Frango carregada de maionese...



Paragem para a foto de familia...







A paisagem do PNSAC... 








Inicio do Single-Track final... São vários km em cima da pedra... Até faz cair o chumbo dos dentes... 














No final da descida, tive de esperar alguns minutos até agruparem todos... Quando terminei a descida, alguns ainda estavam no inicio...







A ultima grande subida do dia.... Com o adiantado da hora e com alguns elementos em défice de energia, o Guia optou por subir por asfalto... e mesmo assim... 😅😅😅







Paragem para resolver um dos muitos furos do dia...
Neste caso o do Tiago Lopes...






Chegada à Serra de Santo António... Noite cerrada...


E como não poderia faltar, o jantar da praxe.
Retiro dos Pacatos - Malhou 











Não poderia terminar esta reportagem sem agradecer ao Guia... Pode parecer fácil... ah e tal, vamos ali dar uma voltinha de BTT e já está...

Mas não é fácil... Pelo contrário... Dá muito trabalho... Mesmoooooooooo...

A começar pelas horas passadas a descobrir trilhos... São muitos Kms (quilhómetros como diria o Rocalhão) em procura de novos caminhos... aquele Single-Track que vai surpreender tudo e todos... aquela paisagem que vai deixar todos de boca aberta... aquele caminho que permite ligar o percurso entre duas zonas já exploradas... aquele caminho que permite chegar mais facilmente ao destino quando todos estão já de rastos...

E o tempo necessário para pensar numa paragem para reabastecimento?!?!? Mas não pode ser em qualquer sitio... Tem de ser um com opções de menu que agradem a todos... Em variedade e em preço...

E o local para banhos? E o Restaurante? E quantos são?

Enfim... Parece fácil... Mas acreditem amigos... Não é...

Só mesmo o Nosso Guia para ter paciência de organizar estes Passeios de Natal... Só espero que ele não se canse, porque eu adoroooooo...

E para o ano lá estaremos, certo Guia?

Grande abraço,

Ass: Cão Alfacinha (ex-Cão Reporter)